segunda-feira, novembro 21, 2005

Uma história de 2 aeroportos

Áreas:
Aeroporto de Málaga: 320 hectares
Aeroporto de Lisboa: 520 hectares.
Pistas:
Aeroporto de Málaga: 1 pista
Aeroporto de Lisboa: 2 pistas.
Tráfego (2004):
Aeroporto de Málaga: 12 milhões de passageiros, taxa de crescimento, 7% a 8% ao ano.
Aeroporto de Lisboa: 10,7 milhões de passageiros, taxa de crescimento 4,5% ao ano.
Soluções para o aumento de capacidade:
Málaga: 1 novo terminal, investimento de 191 milhões de euros, capacidade 20 milhões de passageiros/ano. O aeroporto continua a 8 Km da cidade e continua a ter uma só pista.
Lisboa: 1 novo aeroporto, 3.000 a 5.000 milhões de euros, solução faraónica a 40Km da cidade.
É o que dá sermos ricos com o dinheiro dos outros e pobres com o próprio espírito. Ou então alguém tem de tirar os dividendos dos terrenos comprados nos últimos anos. Ninguém investiga isto? É preciso fazer alguma coisa. Pelo menos divulguem, ou faremos parte de "Otá rios" silenciosos.

Filme do dia 9 Outubro

8h00 - Abrem as urnas.
8h01 - Santana Lopes vota vindo directamente da noite.
8h15 - Soares acorda e não sabe que dia é.
8h16 - Soares vai à casa de banho e perde-se no corredor.
8h30 - Sócrates vota e comenta para o "amigo" que hoje vai ser um grande dia.
8h32 - Maria Barroso descobre Soares na cozinha e leva-o para a cama.
8h45 - Carrilho acorda e telefona à Barbara para se juntarem para irem votar.
9h00 - Zezinha entra na missa antes de ir votar.
9h35 - Santana Lopes deita-se.
11h00 - É colocado um banco à frente da mesa de voto nº 2 da secção de voto 54.
11h01 - Marques Mendes vota na mesa 2 da secção 54.
11h02 - É retirado o banco.
11h30 - Jerónimo de Sousa chega à sede do PCP onde começa a ouvir cassetes de tempos antigos e músicas revolucionárias.
11h45 - Louça fuma o segundo charro do dia e já se está a borrifar para os resultados.
12h00 - Soares consegue finalmente se levantar e veste-se para ir votar.
12h05 - Maria Barroso volta a vestir Soares depois de lhe virar as calças para o direito.
12h30 - Soares Junior vota e telefona ao pai a pedir ajuda.
13h00 - Seara vai votar aproveitando o intervalo do jogo da manha na Sport TV.
13h00 - Soares chega ao local de voto.
13h05 - Soares adormece na fila para votar.
13h06 - Soares acorda e não sabe onde está.
13h10 - Soares vota mas não sabe onde pos a cruzinha.
13h15 - A caminho de casa Maria Barroso vê uma cruz desenhada na mão de Soares.
15h00 - Carrilho vota mas não cumprimenta o presidente da mesa.
15h30 - Carmona vota e mostra-se confiante perante os outros dois candidatos homens e as duas mulheres.
15h31 - Sá Fernandes vota e re-afirma-se homem.
15h32 - Ruben de Carvalho mostra com orgulho a sua masculinidade num voto poderoso.
15h33 - Zezinha sai da missa e vai votar e diz não conhecer nenhum Carmona.
15h34 - Carrilho não se pronuncia e fecha-se no quarto a brincar com uma Barbie já antiga
17h00 - Louça vota e manda uma marrada na porta de tão charrado que está. Embora com aparato no impacto o incidente é levado a rir.
17h15 - Soares adormece.
19h00 - Carmona ganha Lisboa.
19h01 - Seara arrasa em Sintra.
19h02 - Rio esmaga no Porto.
19h30 - Soares acorda e telefona ao filho a dar-lhe os parabéns.
19h31 - Maria Barroso mete Soares na cama e pede-lhe para dormir.
20h00 - Carrilho discursa não assumindo a derrota e acusando Carmona de ser mau.
20h30 - Socrates esconde-se numa sala no largo do Rato e faz beicinho.
20h45 - Jorge Coelho culpa a direita fascista.
21h30 - Mudam as pilhas ao Jeronimo de Sousa.
21h31 - Jeronimo de Sousa faz um discurso de vitória e exulta frases de 1917 .
22h00 - Carmona abre uma gafarra de whisky mas esconde-a de Sá Fernandes e de Miguel Portas.
22h30 - Avelino Ferreira Torres foge para o Marco mas como não conhece a cidade perde-se e acaba aos pontapés aos caixotes do lixo.
22h45 - Em Gondomar o Major explode com a vitória e quer bater em tudo e todos.
23h00 - Fátima Felgueiras distribui pelouros por alguns presos e mete uma muda de roupa num saco azul em caso de ter de sair, só cabe uma muda de roupa pq o saco está cheio.
23h10 - Soares acorda e comemora a vitória como Presidente. Maria Barroso mete-o na cama e dá-lhe dois comprimidos.
23h15 - Bárbara manda Carrilho para a cama sem jantar e tira-lhe o Ken durante uma semana por castigo.
23h30 - João Soares chora em Sintra e prepara candidatura a uma Junta na margem sul.
00h00 - Zezinha é eleita e comemora com um chá e umas torradas 00h01 - Soares adormece sem perceber o que aconteceu.
00h02 - Santana Lopes acorda e vai para a noite.

No amor, escolhemos ou somos escolhidos?

Quando alguém procura a psicoterapia por sentir-se muito só ou descontente com algum aspecto de sua vida emocional, costuma-se sugerir inicialmente uma “checagem” de sua vida emocional e afectiva.
As perguntas
“Por que estou sozinho?”
“Porque não consigo encontrar alguém para mim?”
Podem ser substituídas por:
“O que fiz com minha vida”?
“Que pessoas eu encontrei e quais eu não me permiti encontrar”?
“O que estou buscando”?
“Quem estou realmente buscando”?
Ou mesmo
:
“Quero ter alguém neste momento em minha vida?”.
As escolhas que fazemos estão sempre ligadas a nossos desejos, sejam eles conscientes ou não. Se hoje tens alguém ao seu lado que não lhe satisfaz, ou que te traz algum sofrimento, certamente esta pessoa atende alguma outra necessidade que pouco é pouco entendida, mas que no momento é a mais importante e a mais forte.
Se não tens ninguém ao seu lado pode ser porque de alguma forma preferiu isso; ou por medo ou por egoísmo ou por achar que ninguém é bom o suficiente, ou por algum outro motivo que nem tu tem consciência ainda.
Ninguém está fadado a ficar sozinho, pois a solidão afectiva é uma escolha pessoal como a maior parte dos caminhos que tomamos em nossa vida. É verdade! A solidão não é obra do acaso ou de falta de sorte. Você escolhe estar sozinho ou acompanhado baseado - é claro - no seu entendimento do que é melhor para si e no que vai lhe fazer sofrer ou não.
Muitas pessoas entram em depressão por sentirem-se sozinhas, não escolhidas, abandonadas, pouco interessantes e na maioria das vezes elas se tornam assim mesmo, confirmando suas próprias previsões. Interagir, relacionar-se é viver; vida é emoção, é saúde, é alegria e amor.
Não existe um lugar certo para encontrar alguém especial, o que existe é a percepção do quanto és especial e importante em sua própria vida.
Estar disponível para viver a própria vida, permitir-se saboreá-la, seja de que forma for, é uma atitude que interfere e modifica a qualidade dos relacionamentos que você empreende. Podes ter alguém a seu lado que você nunca realmente olhou como homem ou como mulher, simplesmente por estar muito preocupada(o) com um ideal de companheiro(a), ou mesmo de namorado(a). A pessoa perfeita não existe, porque o ser humano é genialmente imperfeito, o que faz com que as relações sejam ainda mais interessantes e excitantes. Para entender isso, basta olhar a natureza, onde a diferença e complementaridade propicia a inteiração das espécies e sua sobrevivência.
Nas relações dos contos de fadas a princesa precisa ser bela, ingénua e pura em seus sentimentos para, “no final da estória”, ser recompensada com um lindo, ingénuo e puro príncipe. No mundo real queremos ser felizes já! Além do mais, estas relações não se sustentariam, afinal, qual príncipe suportaria uma princesa mal-humorada, com dor de cabeça, mimada e eternamente insatisfeita? E o inverso então? O príncipe viraria sapo rapidamente! As relações que fazemos de forma saudável têm o carácter da troca e relacionam-se a um entendimento mais amplo desse forte sentimento humano que é o amor.
Amar significa relacionar-se ao pacote completo, encantar-se com as qualidades sem negar os defeitos, ou seja, amar apesar dos defeitos. Na relação estamos aprendendo e ensinando algo também. Dando e recebendo. Para isso é preciso primeiro saber que tens algo a oferecer ao mundo. Sempre terá e não é necessário ser o ápice da beleza e perfeição corporal, ou um Respeito próprio, amor próprio, auto-estima, autoconfiança, aceitação, determinação são as bases para uma possibilidade de relacionamento. Veja que todos esses conceitos remetem primeiro ao teu eu próprio e depois ao outro.
A forma de buscar relações muda, mas a necessidade humana continua a mesma. O ser humano necessita relacionar-se, precisa desse élan vital que a troca de experiências propicia para sobreviver, se desenvolver e sentir-se feliz. Encontramo-nos então com um novo desafio: como conseguir estabelecer uma relação mais íntima mais cúmplice, baseada na confiança verdadeira e genuína?
Primeiramente comece consigo mesmo, estreite as relações consigo mesmo, conheça-se mais, respeite-se e acima de tudo aceite-se, olhe para seus medos, trabalhe-os, procure resolvê-los, valorize o que tem de bom e cuide do que te atrapalha, só assim conseguirá ser livre o suficiente para relacionar-se com alguém.

Mulheres complicadas...!!! Disparate...

Nós? Complicadas?
Se nos insinuamos, somos atiradiças
Se ficamos na nossa, estamos a fazer-nos de difíceis.
Se aceitamos fazer amor no início do relacionamento, somos mulheres fáceis;
Se não queremos ainda, estamos a fazer-nos de difíceis.
Se pomos limitações no namoro, somos autoritárias.
Se concordamos com o que o namorado diz, somos lerdas.
Se lutamos por estudos e profissões, somos ambiciosas.
Se adoramos falar de política e economia, somos feministas.
Se não ligamos para estes assuntos, somos desinformadas.
Se corremos para matar uma barata, nco somos femininas.
Se fugimos de uma barata, somos medrosas.
Se aceitamos tudo na cama, somos vulgares.
Se nco aceitamos, somos difíceis.
Se adoramos roupas e cosméticos, somos fúteis.
Se não gostamos, somos desleixadas.
Se nos chateamos com alguma atitude dele, somos mimadas.
Se aceitamos tudo o que ele faz, estamos no papo.
Se queremos ter 4 filhos, somos inconsequentes malucas.
Se queremos ter só 1, não temos senso maternal.
Se gostamos de música light, somos umas românticas sem graça.
Se usamos saias curtas, também somos vulgares.
Se usamos roupa composta, somos crentes.
Se estamos brancas, eles dizem para apanharmos um bocadinho de sol.
Se estamos bem bronzeadas, eles olham para a primeira loira que passa que normalmente é branca.
Se fazemos uma cena de ciúmes, somos neuróticas.
Se não fazemos, não sabemos defender seu amor.
Se falamos mais alto que eles, somos descontroladas.
Se falamos mais baixo, somos submissas.
E depois vêm dizer que a mulher é que é complicada!!!!!!!!!!!!!!!!!!

Curiosidades dos anos 1.600 a 1.700

É impressionante, nos dias de hoje, quando visitamos o Palácio de Versailles em Paris, observamos que o suptuoso palácio não tem quartos de banho.
Na Idade Média não existiam os dentifrícios, isto é, pastas de dentes, muito menos escovas de dentes ou perfumes, desodorizantes e papel higiénico, nem pensar...
Os excrementos humanos eram deitados pelas janelas do palacio....
No palácio as cozinhas conseguiam fazer alimentação para festas de 1.500 pessoas, sem a mínima higiene, que hoje consideramos imprescindível.
A explicação para as pessoas sendo abanadas que vemos em filmes da época é o mau cheiro que exalavam por debaixo das saias (propositadamente feitas para conter o odor das partes íntimas que não tinham como ser higienizadas devidamente), associado ao costume de não se tomar banho devido ao frio. O cheiro era camuflado pelo abanador. Os nobres eram os únicos que podiam ter súbditos que os abanavam para espalhar o mau cheiro do corpo e o mau hálito que suas bocas exalavam, além de ser uma forma de espantar os insectos.
Quem já esteve em Versailles admirou muito os jardins enormes e belos, que na época não eram só contemplados, mas "usados" como vasos sanitários nas famosas baladas promovidas pela monarquia, já que não existia banheiro.
Na Idade Média, a maioria dos casamentos ocorria nos meses de maio/junho para eles, o início do verão). A razão é simples: o primeiro banho do ano era tomado em maio: assim, em junho, o cheiro das pessoas ainda estava tolerável. Entretanto, como alguns odores já começavam a ser exalados, as noivas carregavam buquês de flores junto ao corpo, para disfarçar o mau cheiro. Daí temos o facto de Maio ser o "mês das noivas" e a origem do buquê de noiva explicados.
Os banhos eram tomados numa única tina, enorme, cheia de água quente. O chefe da família tinha o privilégio do primeiro banho na água limpa. Depois, sem trocar a água, vinham os outros homens da casa, por ordem de idade, as mulheres, também por idade e, por fim, as crianças. Os bebés eram os últimos a tomar banho. Quando chegava a vez deles, a água da tina já estava tão suja que era possível "perder" um bebé lá dentro. É por isso que existe a expressão em inglês, que hoje usamos para os mais apressadinhos: "don't throw the baby out with the bath water"; ou seja, literalmente, "não jogue o bebé fora junto com a água do banho"....
Os telhados das casas não tinham forro e as madeiras que os sustentavam eram o melhor lugar para os animais - cães, gatos e outros de pequeno porte, como ratos e besouros, se aquecerem. Quando chovia, começavam as goteiras e os animais pulavam para o chão. Por isso, a nossa expressão "está a chover a potes" tem o seu equivalente em inglês em "it's raining cats and dogs" (está chovendo gatos e cachorros).
Aqueles que tinham dinheiro possuíam pratos de estanho. Certos tipos de alimento oxidavam o material, o que fazia com que muita gente morresse envenenada (lembremo-nos que os hábitos higiénicos da época não eram lá grande coisa...).
Os tomates, sendo ácidos, oxidavam o estanho e foram considerados, durante muito tempo, como venenosos. Os copos de estanho eram usados para beber cerveja ou uísque. Essa combinação, às vezes, deixava o indivíduo "no chão", com uma espécie de narcolepsia induzida pela bebida alcoólica e pelo óxido de estanho. Alguém que passasse pela rua poderia pensar que ele estava morto, portanto recolhia o corpo e preparava o enterro. O corpo era então colocado sobre a mesa da cozinha por alguns dias e a família ficava em volta, em vigília, comendo, bebendo e esperando para ver se o morto acordava ou não. Daí surgiu a vigília do caixão.
A Inglaterra é um país pequeno e nem sempre houve espaço para enterrar todos os mortos. Então os caixões eram abertos, os ossos tirados e encaminhados ao ossário e o túmulo era utilizado para outro cadáver. Às vezes, ao abrir os caixões, percebia-se que havia arranhões nas tampas, do lado de dentro, o que indicava que aquele morto, na verdade, tinha sido enterrado vivo. Assim, surgiu a ideia de, ao fechar os caixões, amarrar uma tira ao pulso do defunto. A tira passava por um buraco no caixão e ficava amarrada num sino. Após o enterro, alguém ficava de plantão ao lado do túmulo durante uns dias. Se o indivíduo acordasse, o movimento de seu braço faria o sino tocar. Ele seria "saved by the bell", ou "salvo pelo gongo", expressão por nós usada até os dias actuais.
Imagina-te a viveres nessa época........

"Encontro na Floresta"

A Branca de Neve, o Monstro (da "Bela e o Monstro") e o Pinóquio encontram-se na floresta.
- Sou a mais linda do mundo ! - diz Branca de Neve.
- Sou o mais feio do mundo ! - diz o Monstro.
- Sou o maior mentiroso e falso do mundo! - diz Pinóquio.

Eles entram, um por um na Grande Caverna, para falar com o Sábio da floresta, actual possuidor do Espelho Mágico.
Branca de Neve entra e sai muito feliz...
- Sou mesmo a mais linda do mundo!
O Monstro entra e sai sorridente, todo satisfeito...
- Sou o mais feio do mundo, viva!
Pinóquio entra, mas sai enfurecido... e pergunta:
- Porra!!! Quem é o SÓCRATES?!?!

23 coisas que não se pode morrer sem saber...

1- O nome completo do Pato Donald é Donald Fauntleroy Duck.
2- Em 1997, as linhas aéreas americanas economizaram US$40.000 eliminando uma azeitona de cada salada.
3- Uma girafa pode limpar suas próprias orelhas com a língua.
4- Milhões de árvores no mundo são plantadas acidentalmente por esquilos que enterram nozes e não lembram onde eles as esconderam.
5- Comer uma maçã é mais eficiente que tomar café para se manter acordado.
6- As formigas espreguiçam-se pela manhã quando acordam.
7- As escovas de dentes azuis são mais usadas que as vermelhas.
8- O porco é o único animal que se queima com o sol além do homem.
9- Ninguém consegue lamber o próprio cotovelo, é impossível tocá-lo com a própria língua.
10- Só um alimento não se deteriora: o mel.
11- Os golfinhos dormem com os olhos abertos.
12- Um terço de todos os gelados vendidos no mundo são de baunilha.
13- As unhas das mãos crescem aproximadamente quatro vezes mais rápido que as unhas dos pés.
14- O olho da avestruz é maior do que o seu cérebro.
15- Os destros vivem, em média, nove anos mais que os canhotos.
16- O "quack" de um pato não produz eco, e ninguém sabe porquê.
17- O músculo mais potente do corpo humano é a língua.
18- É impossível espirrar com os olhos abertos.
19- "J" é a única letra que não aparece na tabela periódica.
20- Uma gota de óleo torna 25 litros de água imprópria para o consumo.
21- Os chimpanzés e os golfinhos são os únicos animais capazes de se reconhecer na frente de um espelho.
22- Rir durante o dia faz com que você durma melhor à noite.
23- 40% dos telespectadores do Jornal Nacional dão boa noite ao jornalista no final.

Curiosidade: Aproximadamente 70 % das pessoas que lêem isto, tentam lamber o cotovelo! Não adianta, não dá!

Curiosidades de um país...

Existe um país onde um cidadão de 81 anos, depois de ter cumprido 10 anos de mandato como Presidente da República e de ter estado 10 anos de molho, decide candidatar-se novamente para salvar o país de um fantasma, passando por cima de um amigo de longa data.
Existe um país onde três candidatos autárquicos, agora já presidentes de Câmara, estão indiciados por processos fraudulentos e uma outra candidata, também já presidente, com mandato de prisão emitido e foragida no Brasil, teve toda a cidade a aguardá-la tal qual D.Sebastião.
Existe um país onde o único escritor galardoado com o prémio nobel da Literatura vive no país vizinho.
Existe um país de onde é oriundo aquele que é considerado o melhor treinador de futebol da actualidade, mas cujo seleccionador nacional é estrangeiro.
Existe um país onde o maior sucesso nacional do ano é um disco de originais de um músico que morreu há quinze anos.
Existe um país onde os dois guarda-redes da selecção nacional são suplentes de dois guarda-redes da mesma nacionalidade nos respectivos clubes.
Existe um país onde o nome da mascote do principal evento desportivo alguma vez organizado começa por uma letra (k) que não faz parte do seu alfabeto.
Existe um país onde há 10 estádios novos em folha mas não temos sequer 5 hospitais dignos do nome.
Existe um país onde os polícias são os únicos que andam sem cinto de segurança (eles não têm acidentes?).
Existe um país onde os pedófilos ricos não são criminosos mas os pedófilos pobres são o "lixo da sociedade".
Existe um país onde há pessoas que não têm dinheiro para gastar no dentista mas andam de Audi e Mercedes.
Que estranho país esse...

domingo, novembro 20, 2005

Blue Ribbon Against Child Abuse

Sarah
My name is Sarah
I am but three,
My eyes are swollen
I cannot see,
I must be stupid,
I must be bad,
What else could have made
My daddy so mad?
I wish I were better
I wish I weren't ugly,
Then maybe my Mommy
Would still want to hug me.
I can't speak at all,
I can't do a wrong
Or else I'm locked up
All the day long.
When I awake I'm all alone
The house is dark
My folks aren't home.
When my Mommy does come
I'll try and be nice,
So maybe I'll get just
One whipping tonight.
Don't make a sound!
I just heard a car
My daddy is back
From Charlie's Bar.
I hear him curse
My name he calls
I press myself
Against the wall.
I try and hide
From his evil eyes
I'm so afraid now
I'm starting to cry.
He finds me weeping
He shouts ugly words,
He says its my fault
That he suffers at work.
He slaps me and hits me
And yells at me more,
I finally get free
And I run for the door.
He's already locked it
And I start to bawl,
He takes me and throws me
Against the hard wall.
I fall to the floor
With my bones nearly broken
And my daddy continues
With more bad words spoken.
"I'm sorry!", I scream
But its now much too late
His face has been twisted
Into unimaginable hate.
The hurt and the pain
Again and again
Oh please God, have mercy!
Oh please let it end!
And he finally stops
And heads for the door,
While I lay there motionless
Sprawled on the floor.
My name is Sarah
And I am but three,
Tonight my daddy
Murdered me.

There are thousands of kids out there just like Sarah...

Queres fazer um check-up gratuito?

Dirige-te a um hospital, diz que te morreram as galinhas todas e que não te sentes lá muito bem.
Fazem-te todos os exames à borla e... com sorte ainda apareces na televisão...
É o nosso país...

Uma história para alegrar os ânimos...

Na sua recente visita aos Estados Unidos, Mário Soares e sua esposa, hospedaram-se num luxuoso Hotel. Cerca das 17h00, Mario Soares agarra no telefone, chama o serviço de quartos e diz:
- TU TI TU TU TU TU .
A recepcionista não compreende o que quer dizer Mário Soares e crendo que se tratava de uma mensagem cifrada, avisa imediatamente o FBI. Num ápice, apresentam-se dois agentes do FBI e postos ao corrente, e não conseguindo descriptar a mensagem decidem chamar a CIA. Os serviços secretos mandam mais dois agentes ao hotel e começam a investigar e a tentar decifrar a mensagem, mas sem qualquer resultado.
Entretanto, Mário Soares, volta a telefonar e a recepcionista, agentes do FBI e da CIA ouvem Mário Soares repetir:
- TU TI TU TU TU TU
Desesperados os agentes resolvem chamar o tradutor oficial da embaixada dos Estados Unidos em Portugal. Um caça supersónico do Pentágono recolhe imediatamente, no aeroporto de Figo Maduro, o respectivo tradutor que é conduzido sem mais delongas aos Estados Unidos. Chegado ao hotel e posto ao corrente da situação o tradutor disfarça-se de criado, vai aos aposentos de Mário Soares e descobre o mistério.
O ex-presidente Português e actual candidato tinha querido dizer "Two tea to 222".

Um último adeus...

José Azevedo, proprietário do "Peter Café Sport", mundialmente conhecido por ser paragem obrigatória dos velejadores que cruzam o Atlântico e pela fama do seu “gin tónico”, faleceu hoje na cidade da Horta, ilha do Faial, aos 80 anos.

O meu pesar à família pela perca dum grande Homem que prestigiou os Açores e a maneira de bem receber do Povo Açoriano. Ele continuará a estar no meio de nós e no meio dos Açores como sempre esteve...

Comunicado de Apoio a Mário Soares

A Associação das Agências de Viagem Portuguesas (AAVP) quer aqui anunciar, que apoia o candidato Mário Soares àPresidência da República pelas razões de seguida mencionadas:
1986
- 11 a 13 de Maio - Grã-Bretanha
- 06 a 09 de Julho - França
- 12 a 14 de Setembro - Espanha
- 17 a 25 de Outubro - Grã-Bretanha e França
- 28 de Outubro - Moçambique
- 05 a 08 de Dezembro - São Tomé e Príncipe
- 08 a 11 de Dezembro - Cabo Verde1987
- 15 a 18 de Janeiro - Espanha
- 24 de Março a 05 de Abril - Brasil
- 16 a 26 de Maio - Estados Unidos
- 13 a 16 de Junho - França e Suíça
- 16 a 20 de Outubro - França
- 22 a 29 de Novembro - Rússia
- 14 a 19 de Dezembro - Espanha

1988
- 18 a 23 de Abril - Alemanha
- 16 a 18 de Maio - Luxemburgo
- 18 a 21 de Maio - Suíça
- 31 de Maio a 05 de Junho - Filipinas
- 05 a 08 de Junho - Estados Unidos
- 08 a 13 de Agosto - Equador
- 13 a 15 de Outubro - Alemanha
- 15 a 18 de Outubro - Itália
- 05 a 10 de Novembro - França
- 12 a 17 de Dezembro - Grécia
1989
- 19 a 21 de Janeiro - Alemanha
- 31 de Janeiro a 05 de Fevereiro - Venezuela
- 21 a 27 de Fevereiro - Japão
- 27 de fevereiro a 05 de Março - Hong-Kong e Macau
- 05 a 12 de Março - Itália
- 24 de Junho a 02 de Julho - Estados Unidos
- 12 a 16 de Julho - Estados Unidos
- 17 a 19 de Julho - Espanha
- 27 de Setembro a 02 de Outubro - Hungria
- 02 a 04 de Outubro - Holanda
- 16 a 24 de Outubro - França
- 20 a 24 de Novembro - Guiné-Bissau
- 24 a 26 de Novembro - Costa do Marfim
- 26 a 30 de Novembro - Zaire
- 27 a 30 de Dezembro - República Checa
1990
- 15 a 20 de Fevereiro - Itália
- 10 a 21 de Março - Chile e Brasil
- 26 a 29 de Abril - Itália
- 05 a 06 de Maio - Espanha
- 15 a 20 de Maio - Marrocos
- 09 a 11 de Outubro - Suécia
- 27 a 28 de Outubro - Espanha
- 11 a 12 de Novembro - Japão
1991
- 29 a 31 de Janeiro - Noruega
- 21 a 23 de Março - Cabo Verde
- 02 a 04 de Abril - São Tomé e Príncipe
- 05 a 09 de Abril - Itália
- 17 a 23 de Maio - Rússia
- 08 a 11 de Julho - Espanha
- 16 a 23 de Julho - México
- 27 de Agosto a 01 de Setembro - Espanha
- 14 a 19 de Setembro - França e Bélgica
- 08 a 10 de Outubro - Bélgica
- 22 a 24 de Novembro - França
- 08 a 12 de Dezembro - Bélgica e França
1992
- 10 a 14 de Janeiro - Estados Unidos
- 23 de Janeiro a 04 de Fevereiro - India
- 09 a 11 de Março - França
- 13 a 14 de Março - Espanha
- 25 a 29 de Abril - Espanha
- 04 a 06 de Maio - Suíça
- 06 a 09 de Maio - Dinamarca
- 26 a 28de Maio - Alemanha
- 30 a 31 de Maio - Espanha
- 01 a 07 de Junho - Brasil
- 11 a 13 de Junho - Espanha
- 13 a 15 de Junho - Alemanha
- 19 a 21 de Junho - Itália
- 14 a 16 de Outubro - França
- 16 a 19 de Outubro - Alemanha
- 19 a 21 de Outubro - Áustria
- 21 a 27 de Outubro - Turquia
- 01 a 03 de Novembro - Espanha
- 17 a 19 de Novembro - França
- 26 a 28 de Novembro - Espanha
- 13 a 16 de Dezembro - França
1993
- 17 a 21 de Fevereiro - França
- 14 a 16 de Março - Bélgica
- 06 a 07 de Abril - Espanha
- 18 a 20 de Abril - Alemanha
- 21 a 23 de Abril - Estados Unidos
- 27 de Abril a 02 de Maio - Grã-Bretanha e Escócia
- 14 a 16 de Maio - Espanha
- 17 a 19 de Maio - França
- 22 a 23 de Maio - Espanha
- 01 a 04 de Junho - Irlanda
- 04 a 06 de Junho - Islândia
- 05 a 06 de Julho - Espanha
- 09 a 14 de Julho - Chile
- 14 a 21 de Julho - Brasil
- 24 a 26 de Julho - Espanha
- 06 a 07 de Agosto - Bélgica
- 07 a 08 de Setembro - Espanha
- 14 a 17 de de Outubro - Coreia do Norte
- 18 a 27 de Outubro - Japão
- 28 a 31 de Outubro - Hong-Kong e Macau
1994
- 02 a 05 de Fevereiro - França
- 27 de Fevereiro a 03 de Março - Espanha (incluindo Canárias)
- 18 a 26 de Março - Brasil
- 08 a 12 de Maio - África do Sul (Tomada de posse de Mandela)
- 22 a 27 de Maio - Itália
- 27 a 31 de Maio - África do Sul
- 06 a 07 de Junho - Espanha
- 12 a 20 de Junho - Colômbia
- 05 a 06 de Julho - França
- 10 a 13 de Setembro - Itália
- 13 a 16 de Setembro - Bulgária
- 16 a 18 de Setembro - França
- 28 a 30 de Setembro - Guiné-Bissau
- 09 a 11 de Outubro - Malta
- 11 a 16 de Outubro - Egipto
- 17 a 18 de Outubro - Letónia
- 18 a 20 de Outubro - Polónia
- 09 a 10 de Novembro - Grã-Bretanha
- 15 a 17 de Novembro - República Checa
- 17 a 19 de Novembro - Suíça
- 27 a 28 de Novembro - Marrocos
- 07 a 12 de Dezembro - Moçambique
- 30 de Dezembro a 09 de Janeiro 1995 - Brasil
1995
- 31 de Janeiro a 02 de Fevereiro - França
- 12 a 13 de Fevereiro - Espanha
- 07 a 08 de Março - Tunísia
- 06 a 10 de Abril - Macau
- 10 a 17 de Abril - China
- 17 a 19 de Abril - Paquistão
- 07 a 09 de Maio - França
- 21 de Setembro - Espanha
- 23 a 28 de Setembro - Turquia
- 14 a 19 de Outubro - Argentina e Uruguai
- 20 a 23 de Outubro -EstadosUnidos
- 27 de Outubro - Espanha
- 31 de Outubro a 04 de Novembro - Israel
- 04 e 05 de Novembro Faixa de Gaza e Cisjordânia
- 05 e 06 de Novembro - Cidade de Jerusalém
- 15 a 16 de Novembro - França
- 17 a 24 de Novembro - África do Sul
- 24 a 28 de Novembro - Ilhas Seychelles
- 04 a 05 de Dezembro - Costa do Marfim
- 06 a 10 de Dezembro - Macau
- 11 a 16 de Dezembro - Japão
1996
- 08 a 11 de Janeiro - Angola
Durante os anos que ocupou o Palácio de Belém, Soares visitou57 países (alguns várias vezes como por exemplo Espanha que visitou 24 vezes e a França 21 vezes), percorrendo no total 992.809 KMS o que corresponde a 22 vezes a volta ao mundo.

Cinderela do século XXI

«Há bué da time ago havia uma garina cujo cota já tinha esticado o pernil e que vivia com a chunga da madrasta mais as melgas das filhas dela. A Cinderela, “CINDY” pr’os garinos, parecia que vivia na prisa, sem tempo sequer para enviar uns mails.
Com este desatino só lhe apetecia dar de frosques, porque a madrasta fazia-lhe bué de cenaças.
É então que a Cindy fica a saber da alta debunda que ia acontecer : UM PARTY!!!
A gaja curtiu tótil a ideia, mas as outras chavalas cortaram-lhe as bases. Ela ficou completamente passadante, mas depois de andar à toa durante um coche, apareceu-lhe uma fada baril que lhe abichou uma farda bué de bacana e ela ficou que nem uma g’anda febra.
Só que ela só se podia afiambrar da cena até ao bater das 24. A tipa mordeu o esquema e baldou para a borga sempre a abrir.
Ao entrar no party topou um marmanjo cheio de papel, que era comó milho e que também a galou. Aí a Cindy passou-se dos carretos e desbundaram “ól naite along” até que ao ouvir as 24 ela teve de se axandrar e bazou. O mitra ficou completamente abardinado quando ela deu de frostes e foi atrás dela, mas só topou pelo caminho o chanato da garina.
No dia “after”, com uma alta fezada, meteu-se nos calcantes e foi à procura de um chispe que entrasse no chanato. Como era um alto cromo, teve uma vaca descomunal e encontrou a malucona, para desatino das outras fatelas que tiveram uma g’anda vaipe quando souberam que eles iam juntar os trapos.
No fim, a garina e o chavalo curtiram à fartazana em altos cines e foram bueréré de felizes.»

... apenas para se pensar, nada mais...

"Para quem não o conhece, é imperativo passar no Saldanha por volta das 23h e desfrutar de um momento que já faz parte da "nossa" cidade! Como é possível um simples gesto proporcionar um momento, apesar de um pouco "estranho", agradável para quem passa... Afinal se não fossem estas "pequenas" diferenças, a vida seria sempre igual... O homem que diz adeus. É ele o homem que noite após noite acena aos carros que passam na Avenida Fontes Pereira de Melo, em Lisboa. É por ele que tocam as buzinas, que se atiram beijos e sorrisos, que se gritam «boas noites!» e «adeus!», numa «onda de comunicação» que já dura há três anos e que nem sequer ele sabe explicar muito bem como começou.
Numa cidade de estranhos em mundos fechados, este é o seu «milagre». E é também o seu remédio.
Há quem lhe chame o «senhor do adeus». Mas «senhor» é coisa que detesta que lhe chamem. Aos 72 anos, João Paulo Serra tem a inocência de uma criança, o espírito de um jovem, mas o olhar nostálgico de um ancião que sente «ter aprendido com a vida tarde de mais». A sua roupa clássica e a ondulação do cabelo grisalho disfarçada com gel, dão-lhe um ar meio aristocrático, que já faz parte da paisagem do Saldanha.
Todos o conhecem e quem trabalha nas redondezas sabe o seu percurso de cor. «Chega por volta das onze, meia-noite... Começa pela zona do Monumental, vai descendo a rua até ao Marquês e depois sobe, parando sempre em pontos estratégicos. Nunca falha.»
Arménio é chefe de mesa na marisqueira Maracanã e já lhe serviu alguns jantares. «É muito simpático. Quando passa aqui, acenamos-lhe pela janela. Só não sei: por que é que faz isto?»João começa por dizer que não sabe bem, mas, a pouco e pouco, interrompendo sempre para acenar, vai desvendando o mistério.
Tudo começou há três anos e meio, depois da morte da mãe, com quem vivia. Precisava de se distrair, incomodava-o a ideia de estar sozinho em casa. Um dia, aconteceu. Já reparara que as pessoas o cumprimentavam sem razão, nos centroscomerciais e, sem saber como nem porquê, surgiu o primeiro aceno na estrada. Depois veio outro e outro, e o acaso virou fenómeno. «No início era só rapaziada nova, mas depois contagiei todo o tipo de gente», explica sem esconder um certo orgulho.
Graças ao seu «milagre», já deu entrevistas para a televisão e para os jornais, apareceu em dois filmes e até num teledisco. «Sempre quis ser actor, mas nunca me deixaram...». Ou nunca teve coragem de tentar. Algumas dezenas de acenos mais tarde, já não é um João risonho e despreocupado, «com imensos amigos» com quem vai «ao teatro e ao cinema», que fala por detrás dos óculos de massa negra. Nos olhos cinzentos, estão duas lágrimas contidas. Pelo passado, pelo presente e por um futuro que não chega. Com um raciocínio de fazer inveja aos mais novos, o louco, o excêntrico, transforma-se lentamente num avô contador de histórias, que lê Agatha Christie para combater o medo ao andar de avião, que não tem telemóvel porque detesta máquinas e que não vê televisão.
João nasceu no seio de uma família muito rica. Até aos dez anos, viveu num enorme palacete da Tomás.Ribeiro, cobiçado mesmo pelo próprio Gulbenkian. «Que saudades tenho desse tempo... A casa estava sempre cheia de família e amigos...». Mimado desde bebé, fez a instrução primária toda em casa, com um professor particular, pois no primeiro dia de aulas no Colégio Parisiense chorou tanto, que os pais não tiveram coragem de o mandar de volta. «Fui criado numa redoma de vidro», confessa, explicando: «Naquela época era tudo muito diferente, havia muitos tabus..». Depois do divórcio dos seus progenitores, quando tinha 13 anos, João foi morar para o Restelo com o pai. Por ele, inscreveu-se em Direito, mas depressa desistiu, «era muito chato». Depois de uma igualmente curta passagem pelo curso de Histórico-Filosóficas, o pai, «que não sabia o que fazer» com ele, mandou-o para Londres, com o irmão. «Foram três anosfantásticos. Tinha um grupo de amigos fabuloso, com quem viajei imenso. Teria lá ficado, se não fosse tão agarrado à família...» Sem quase pôr os pés nas aulas, regressou a Portugal e, depois da morte do pai, pouco tempo depois, foi morar com a mãe, de quem não se separou até ao último dia da sua vida. «Viajámos muito os dois. Todos os anos íamos a Paris e Madrid.Conheço a Europa inteira, excepto a Grécia...» E o olhar perde-se num momento só dele, como se pensasse alto.
Quando a mãe morreu, «ficou desasado». E talvez por isso esteja todas as noites a «comunicar». Admite que o que faz «não é muito normal», mas não passa sem isso. É o remédio que lhe permite disfarçar a solidão que o consome e o faz olhar para o passado com arrependimento, por não ter ousado viver a sua vida em vez da dos outros. «Às vezes penso que foi tudo inútil...».
No baú dos sonhos perdidos, jaz o curso que não tirou, o trabalho que nunca fez, os filhos que não teve e, pior, o grande amor que nunca conheceu. «Sinto-me só. Incompleto. Como se algo estivesse a falhar.» E assim lacrimeja quando vê um casal idoso de mãos dadas, ou quando dois rapazes, que diz reconhecer do subconsciente», param o jipe para tirar uma fotografia com ele. «Encontramo-nos no céu», repete, aludindo ao que um diplomata ucraniano lhe disse uma vez. O homem do lixo atira-lhe o derradeiro aceno da noite."

Como tornar o seu dia mais animador?

Sigam estes pequenos passos...
1. Criar um ficheiro qualquer (word, excel);
2. Guardá-lo com o nome "José Sócrates";
3. Enviá-lo para a reciclagem;
4. Clicar em "Esvaziar Reciclagem"
5. Aparece uma mensagem de confirmação no ecrã, com a seguinte pergunta: "Deseja eliminar "José Sócrates"?"
6. Responder: "SIM".
Não serve de nada, mas alegra o dia!!!!

Precisa-se de matéria prima para construir um País - Eduardo Prado Coelho in Público

A crença geral anterior era de que Santana Lopes não servia, bem como Durão e Guterres.
Agora dizemos que Sócrates não serve.
E o que vier depois de Sócrates também não servirá para nada. Por isso começo a suspeitar que o problema não está no trapalhão que foi Santana Lopes ou na farsa que é o Sócrates.
O problema está em nós. Nós como povo. Nós como matéria prima de um país.
Porque pertenço a um país onde a ESPERTEZA é a moeda sempre valorizada, tanto ou mais do que o euro. Um país onde ficar rico da noite para o dia é uma virtude mais apreciada do que formar uma família baseada em valores e respeito aos demais.
Pertenço a um país onde, lamentavelmente, osjornais jamais poderão ser vendidos como em outros países, isto é, pondo umas caixas nos passeios onde se paga por um só jornal E SE TIRA UM SÓ JORNAL, DEIXANDO-SE OS DEMAIS ONDE ESTÃO.
Pertenço ao país onde as EMPRESAS PRIVADAS são fornecedoras particulares dos seus empregados pouco honestos, que levam para casa, como se fosse correcto, folhas de papel, lápis, canetas, clips e tudo o que possa ser útil para os trabalhos de escola dos filhos... e para eles mesmos.
Pertenço a um país onde as pessoas se sentem espertas porque conseguiram comprar um descodificador falso da TV Cabo, onde se frauda a declaração de IRS para não pagar ou pagar menos impostos. Pertenço a um país onde a falta de pontualidade é um hábito. Onde os directores das empresas não valorizam o capital humano. Onde há pouco interesse pela ecologia, onde as pessoas atiram lixo nas ruas e depois reclamam do governo por não limpar os esgotos. Onde pessoas se queixam que a luz e a água são serviços caros. Onde não existe a cultura pela leitura (onde os nossos jovens dizem que é "muito chato ter que ler") e não há consciência nem memória política, histórica nem económica. Onde os nossos políticos trabalham dois dias por semana para aprovar projectos e leis que só servem para caçar os pobres, arreliar a classe média e beneficiar alguns.
Pertenço a um país onde as cartas de condução e as declarações médicas podem ser "compradas", sem se fazer qualquer exame. Um país onde uma pessoa de idade avançada, ou uma mulher com uma criança nos braços, ou um inválido, fica em pé no autocarro, enquanto a pessoa que está sentada finge que dorme para não lhe dar o lugar. Um país no qual a prioridade de passagem é para o carro e não para o peão. Um país onde fazemos muitas coisas erradas, mas estamos sempre a criticar os nossos governantes.
Quanto mais analiso os defeitos de Santana Lopes e de Sócrates, melhor me sinto como pessoa, apesar de que ainda ontem corrompi um guarda de trânsito para não ser multado.
Quanto mais digo o quanto o Guterres é culpado, melhor sou eu como português, apesar de que ainda hoje pela manhã explorei um cliente que confiava em mim, o que me ajudou a pagar algumas dívidas.
Não. Não. Não.
Já basta.
Como "matéria prima" de um país, temos muitas coisas boas, mas falta muito para sermos os homens e as mulheres que o nosso país precisa. Esses defeitos, essa "CHICO-ESPERTERTICE PORTUGUESA" congénita, essa desonestidade em pequena escala, que depois cresce e evolui até se converter em casos escandalosos na política, essa falta de qualidade humana, mais do que Santana, Guterres ou Sócrates, é que é real e honestamente má, porque todos eles são portugueses como nós, ELEITOS POR NÓS. Nascidos aqui, não noutra parte... Fico triste. Porque, ainda que Sócrates se fosse embora hoje, o próximo que o suceder terá que continuar a trabalhar com a mesma matéria prima defeituosa que, como povo, somos nós mesmos. E não poderá fazer nada... Não tenho nenhuma garantia de que alguém possa fazer melhor, mas enquanto alguém não sinalizar um caminho destinado a erradicar primeiro os vícios que temos como povo, ninguém servirá. Nem serviu Santana, nem serviu Guterres e nem serve Sócrates, nem servirá o que vier.
Qual é a alternativa?
Precisamos de mais um ditador, para que nos faça cumprir a lei com a força e por meio do terror? Aqui faz falta outra coisa. E enquanto essa "outra coisa" não comece a surgir de baixo para cima, ou de cima para baixo, ou do centro para os lados, ou como queiram, seguiremos igualmente condenados, igualmente estancados....igualmente abusados! É muito bom ser português. Mas quando essa portugalidade autóctone começa a ser um empecilho às nossas possibilidades de desenvolvimento como Nação, então tudo muda... Não esperemos acender uma vela a todos os santos, a ver se nos mandam um messias.
Nós temos que mudar. Um novo governante com os mesmos portugueses nada poderá fazer. Está muito claro... Somos nós que temos que mudar. Sim, creio que isto encaixa muito bem em tudo o que anda a acontecer-nos: desculpamos a mediocridade de programas de televisão nefastos e francamente tolerantes com o fracasso. É a indústria da desculpa e da estupidez. Agora, depois desta mensagem, francamente decidi procurar o responsável, não para o castigar, mas para lhe exigir (sim, exigir) que melhore o seu comportamento e que não se faça de mouco, de desentendido. Sim, decidi procurar o responsável e....
ESTOU SEGURO DE QUE O ENCONTRAREI QUANDO ME OLHAR NO ESPELHO. AÍ ESTÁ. NÃO PRECISO PROCURÁ-LO NOUTRO LADO. E você, o que pensa?.... MEDITE!
EDUARDO PRADO COELHO