
- Para o Workaholic, o trabalho torna-se uma obsessão. A sociedade desaprova bêbados e drogados, mas aprova e até admira quem trabalha bastante.
- Workaholics são pessoas que fazem do trabalho a sua principal razão de viver. Entre tantos motivos que levam a tal situação estão a competição, busca de poder e estatuto social, realização profissional e, às vezes, a principal razão é a fuga de problemas íntimos ou familiares.
- O Workaholic faz do seu trabalho o sentido de sua vida, canaliza cada vez em maior escala sua energia no trabalho, sacrificando assim o lazer e as relações pessoais.
- O Workaholic é uma pessoa que racionaliza muito, desconsidera seus próprios sentimentos e tem um contato mínimo consigo mesmo e com os seus conflitos. É um tanto individualista e egoísta. O trabalho passa a ser também um escudo protetor, pois encontra nele os meios necessários para manter escondidos os conflitos emocionais, que não quer ou não consegue resolver, em consequência a pessoa necessita de “aplausos” e reconhecimento, tornando-se, assim, uma pessoa ansiosa. Na família, com os amigos, em casa, o Workaholic sofre sem dar espaço para os sentimentos e os afectos. Sempre insatisfeito consigo mesmo, alimenta a ideia de ser “onipotente” e “onipresente", mas na verdade é um “pai omisso”, ou uma “mãe ausente”, também um amante ou companheiro que sempre deixa a desejar e oferece pouco companheirismo, contacto e afecto.
- O Workaholic não relaxa, é constante a sua preocupação com o trabalho, o seu maior problema é a falta de clareza entre o limite do prazer e o caminho da autodestruição. A maior consequência em ser um Workaholic é a deterioração da qualidade de vida e também daqueles que o cercam. A pessoa só começa a perceber que se está auto-destruindo quando identifica algum quadro de stress, depressão, isolamento, úlcera ou problemas cardíacos.
Se identificaste algum ponto aqui abordado, a minha sugestão é: faz uma pausa, propõe-te a uma autocrítica e a uma auto-análise, avaliando a tua maneira de te relacionares contigo e com as pessoas, a forma de resolver os teus problemas afectivos - emocionais, e como te tens dedicado ao trabalho. Um forte indicador é se as pessoas à tua volta estão a reclamar a tua presença.
O trabalho é óptimo, gratificante e enriquecedor, mas não pode ser tudo na tua vida. Se estiver sendo a sua razão de viver, pára e avalia; uma terapia pode auxiliar-te e colocar as coisas nos eixos.
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