Que tédio...

O sol lá fora a chamar por mim, a minha vontade a teimar para eu ir, mas a obrigação de ficar foi sempre mais forte... Foi a situação do anjinho no meu ombro direito e o diabinho no ombro esquerdo... Enfim...

Poderia ter feito tantas coisas... Seria tão bom se fossemos livres. Livres para decidir como e com quem passar o dia, os nossos momentos... Há tantas objecções! Porque não dizemos o que pensamos quando decidem a nossa vida por nós?! Porque não dizemos simplesmente "Não quero!", "Não vou!"??. Porque não dizemos "Eu quero!", "Eu vou!"??. Tantas vezes apetece-nos fazer inúmeras coisas e não o fazemos, por respeito, pela responsabilidade, por falta de coragem, por medo,... Detesto ter que reduzir-me à minha simples e natural condição de ser mais uma pessoa na Terra que respira, ser mais uma que um dia irá deixar de gozar os prazeres da vida... Detesto ter que me conter e, muitas vezes não enfrentar as situações com a frontalidade devida por ter que respeitar um protótipo estabelecido desde há muitos anos atrás, o tal que nos é transmitido pelos nossos pais e que, por sua vez, lhes foram ditos pelos nossos avós,...

É a lei "estúpida" da vida.